195. No § 19 apresentamos 4 modos verbais: indicativo, condicional, imperativo e infinitivo, bem como 3 tempos: presente, passado e futuro.
196. A terminação as, característica do tempo presente, traduz este mesmo tempo do modo indicativo português, no que não se oferece nenhuma dificuldade. Além disso, porém, usa-se em outras oportunidades, que veremos no decurso desta lição.
197. O Esperanto, em geral, não distingue, com terminações diferentes, os dois pretéritos: perfeito e imperfeito; usa a mesma terminação is para ambos. Ex.: Mia patrino kaj ŝia patrino estIS fratinoj, sed iliaj sortoj ne estIS egalaj — Minha mãe e a mãe dela eram irmãs, mas as sortes delas não foramiguais. Kiam ŝi revenIS, ŝi alportIS kun si tri librojn — Quando ela voltou, trazia (consigo) três livros.
198. A terminação os traduz fatos e estados futuros, sejam estes expressos, em Português, no modo indicativo ou no subjuntivo. Ex.: Se eu puder, irei — SE mi povOS, mi irOS. Quando chegar, falar-te-ei melhor sobre isto — Kiam mi venOS, mi pli bone parolOS al vi pri ĉi tio. Conforme resolveres, assim farei — Kiel vi decidOS, tiel mi agOS.
OBSERVAÇÕES — a) O Português às vezes emprega o tempo futuro quando, entretanto, a ideia é do presente; como, porém a terminação os traduz realmente futuro, o Esperanto aí emprega, não o futuro, mas o presente. Ex.: “Se eu estiver errado, confessarei meu engano”. O que se quer dizer é: “Se eu estou (agora) errado...”; “confessarei” é, efetivamente, futuro. Então: Se mi erarAS, mi konfesOS mian eraron. Outro exemplo: Se Pedrinho não semear, Pedro não colherá — Se Peĉjo ne semAS, Petro ne rikoltOS. Quer dizer: se se não semear quando menino, não se colherá quando adulto.
b) Ao contrário: o nosso idioma costuma empregar o presente em lugar do futuro; no Esperanto, contudo, se é um futuro real, é obrigatória a terminação os. Ex.: Vou lá daqui há um mês — Mi irOS tien post monato.
199. A terminação us serve, tanto ao modo condicional, como ao pretérito imperfeito do modo subjuntivo português. Ex.: Se eu estivesse bom (de saúde), seria feliz — Se mi estUS sana, mi estUS feliĉa.
Em orações optativas, p. ex.: Oh! se fosses (ou “foras”) para mim como um irmão! — Ho, se vi estUS al mi kiel frato! Prouvesse (ou “provera”) isto aos Céus! — Se ĉi tio plaĉUS al la ĉielo! (ou: Se la ĉielo ĉi tion volUS!)
Esta mesma terminação traduz o presente ou o pretérito do subjuntivo em oração ligada à principal pelos conjuntivos “que”, “onde” e equivalentes. P. ex.: Nada me resta que me possa alegrar — Restas al mi nenio, kio povUS min ĝojigi. Quem será (esse) que negue o valor da prece? — Kiu estAS tia homo, kiu malkonfesUS la valoron de la preĝo? Não havia casa onde não houvesse um morto — Ne estis domo, kie ne estUS mortinto.
OBSERVAÇÕES — a) Assim como em vez do tempo futuro empregamos, em Português, o presente, usamos, na linguagem corrente, o imperfeito do indicativo pelo condicional; o Esperanto, contudo, exige a terminação própria, i.e. us. Ex.: Se eu soubesse, dizia (em lugar de “diria”) — Se mi scius, mi dirUS.
b) Só se empregue a terminação us quando haja realmente uma condição ou uma suposição. Comparemos os exemplos seguintes: Eu poderia pedir tudo o que quisesse: ele o daria — Mi povus peti ĉion, kion (ajn) mi volUS: li ĝin donus. Mas: Eu podia pedir tudo o que quisesse: ele o dava — Mi povis peti ĉion, kion (ajn) mi volIS: li ĝin donadis. Este outro par: Por mais que me esforçasse, nada conseguiria — Kiom ajn mi klopodUS, mi neniom atingus. Mas: Por mais que me esforçasse, nada consegui — Kiom ajn mi klopodis, mi nenion atingis.
200. O imperativo terminado em u, pertence propriamente à 2ª pessoa, do singular e do plural. Aplica-se, porém, esta mesma terminação à 1ª e à 3ª pessoa, de ambos os números, quando, então, o Português se vale do presente do subjuntivo. Assim: Dormu — Dorme (tu), dormi (vós); “durma você, durmam vocês” etc. Mi dormu— Eu durma,ou “durma eu”. Ni dormu — Durmamos (nós). Li dormu — Ele durma, ou “durma ele”. Ili dormu — Eles (ou “elas”) durmam, ou “durmam eles, durmam elas”.
Com a 2ª pessoa, i.e. vi, em geral não se usa este pronome no imperativo; todavia, às vezes, para contraste ou como reforço, pode ser usado. Ex.: Mi jam havas mian ĉapelon; nun serĉu VI (la) vian — Eu já tenho o meu chapéu: agora procure você o seu. VI mem iru — Você mesmo vá. Vian filon VI ne malbenu — Vosso filho (vós) não amaldiçoeis.
Esta terminação u, como se viu no citado § 19, se usa em orações optativas, onde o Português emprega o presente do subjuntivo. Ex.: Viva o Esperanto! — VivU Esperanto! Deus me livre (e guarde)! — Dio min gardU! Assim seja! — Tiel estU! — Que eu morra se estou mentindo! — (Ke) mi mortU, se mi mensogas!
Também em orações imprecativas e simples exclamativas, por exemplo: Diabos me levem! — Diabloj vin prenU! Trabalhemos e esperemos! — Ni laborU kaj esperU! Eia, ande mais depressa!— Nu, irU pli rapide! Venha alguém — Iu venU!
OBSERVAÇÃO — O caráter da teminação u é a finalidade, incluindo-se neste termo: ordem, pedido, exortação,desejo, necessidade, dever, permissão, proibição etc.: cada qual e qualquer destes denota um fim a atingir. Fora desta ideia essencial não se usará a terminação u. Assim, para comparar: Desejo, peço, ordeno,sugiro permito, proíbo é necessário...que ele venha — ...ke li venU: é um objetivo que viso. Mas:Espero, temo, não creio, admira-me, suponho, apraz-me, é possível...que ele venha — ...ke li venOS: assim dizendo, não estou visando nada, não cabendo aí, portanto, a terminação u. Outros exemplos: Talvez tenhamos tempo bom — Eble ni havOS bonan veteron. Duvido que ele vença, embora tudo esteja fazendo para isso — Mi dubas, ĉu li venkOS, kvankam li ĉion farAS por tio. É estranho que ele não tenha vindo — Estas strange, ke li ne venIS. Isso me fez perder (= fez que eu perdesse) uma hora preciosa — Tio faris, ke mi perdIS tre karan horon. Como já fosse tarde, fui dormir — ĉar estIS jam malfrue, (tial) mi iris dormi. Comparem-se: Uma fagulha seria bastante para que se queimasse toda uma floresta — Unu fajrero estus sufiĉa por tio, ke ekbrulU tuta arbaro. Aquela fagulha foi bastante para que se queimasse aquela floresta — Tiu fajrero estis sufiĉa por tio, ke ekbrulIS tiu arbaro.
Obedecendo ao mesmo critério, o Esperanto usa a terminação u em frases nas quais se percebe, como sempre, uma finalidade, objetivo este que seria o complemento duma oração anterior aí expressa. Por exemplo: Kiun lokon mi legU al vi? é como se disséssemos: Kiun lokon vi volas, ke mi legu al vi? Que trecho você quer que eu lhe leia? Outros exemplos: Ĉu do ni semU kaj alia manĝU?! — Hei, pois, semear e outro comer?! Ou: Pois eu que semeie e outro que coma?! Kial ni nun perdU vortojn pri tiu! — Por que havemos agora de perder palavras com isso! Ou: Por que perdermos agora palavras com isso! Kian vojon vi irU, mi ne scias — Que caminho devas seguir (ou “...sigas”) não sei.
NOTA — Conforme vemos, ao Esperanto, no capítulo dos verbos só interessam: a) os tempos presente (-as), passado (-is) e futuro (-os), com os respectivos particípios das vozes ativa e passiva, quando, então, não distingue modos; b) os modos: condicional (-us), imperativo (-u) e infinitivo (-i), não cogitando de tempo. A bem dizer, o Esperanto não tem o modo indicativo, cujas formas são características nos idiomas nacionais, pois as terminações as, is e os são de tempos, não importando a que modo correspondam nesses idiomas. Qualquer que seja delas, com efeito, serve, aplicada, adequadamente, para se exprimir forma dos modos “indicativo” e “subjuntivo” das demais línguas. Modo subjuntivo, apresentando formas especiais, também não existe em Esperanto, pois se exprime, seja pelos “tempos” -as, -is ou -os, seja pelo imperativo, seja pelo condicional.
201. Nos §§ 88 a 92 viram-se exemplos do sufixo ad para exprimir ação prolongada, repetida ou habitual em tempo pretérito. Ofereçamos ainda estes outros, todos de Zamenhof, com várias terminações verbais: De ok jaroj konstante venADAS ĉi tien virinoj, de diversaj aĝoj, klasoj kaj kapabloj — Há oito anos constantemente vêm aqui mulheres de diversas idades, classes e capacidades. Kial vi kurADAS hodiaŭ kiel venenita muso? — Por que está V. hoje a correr como um camundongo envenenado? (Dizemos: “como uma barata tonta”). Ŝiaj fingroj perdis la ekzercitecon kaj konfuziĝADIS sur la klavoj, ŝi erarADIS en la pasaĵoj, premADIS senbezone la pedalon, forlasADIS tutajn taktojn, haltADIS kaj serĉADIS sur la klavaro la vojon, kiun ŝi perdis— Seus dedos perderam (i.e. “haviam perdido”) a agilidade e se confundiam nas teclas, ela errava nas passagens, calcava sem necessidade o pedal, deixava de lado (i.e. “saltava”) compassos inteiros, parava e procurava no teclado o caminho que perdera. La reĝo sin turnADIS kaj returnADIS antaŭ la spegulo — O rei se virava e se revirava diante do espelho. Mi kudrADOS po dek horoj ĉiutage — Coserei dez horas por dia. Anstataŭ matene, mi nun hejtADOS la fornon tagmeze — Em vez de pela manhã acenderei agora o fogão ao meio-dia. Ni bataLADU kune tenataj per unu bela espero! — Batalhemos, juntos mantidos por uma bela esperança! Ĉu vi konsentus stari malantaŭ la magazena tablo, akceptADI ian gaston de la magazeno, mezurADI ŝtofon, aranĝADI ekspozicion en la fenestroj k.t.p.? — Concordaria a Sra com ficar por trás do balcão, atender aos fregueses da loja, medir fazenda, arranjar a exposição nas vitrinas etc.?
Comparem-se: Hieraŭ li dirIS al mi la veron — Ontem ele me disse a verdade. Li ĉiam dirADIS al mi la veron — Ele sempre me disse (ou “dizia”) a verdade.
202. As formas verbais “complexas”, isto é, aquelas construídas com o verbo esti e particípio, se usam, na voz ativa,o mínimo possível; toda a vez que à clareza baste a correspondente forma “simples”, é esta preferível, não significando isto, no entanto, que nunca se empreguem as complexas. Assim, o presente e o passado perifrásticos, como ”estou escrevendo” (ou “a escrever”), “estávamos lendo” (ou “a ler”), etc., podem traduzir-se literalmente: mi estas skribanta, ni estis legantaj; geralmente, porém, basta o tempo simples: mi skribas, ni legis (ou ni legadis). (Recorde-se, a este respeito, a Observação do § 105.)
Contudo, pertencendo a terminação is ao pretérito perfeito, como ao imperfeito, convém a perífrase, p. ex.:
1) Para evitar dubiedade: Li eliris, kiam mi estis eniranta — Ele saiu quando eu ia entrando. A forma: Li eliris, kiam mi eniris seria pouco clara, podendo até significar: “Ele saiu quando eu entrara”, tendo-se, então, usado eniris por estis enirinta. Se não há risco de dúvida, empregue-se mesmo a forma simples: kiam mi venis, li dormis — Quando cheguei ele dormia (= estava dormindo). Note-se que, se fosse: “quando cheguei ele dormiu”, diríamos: “... li EKdormis”.
2) Para descrever, em todo o seu desenvolvimento, fatos durativos, sobretudo lentos: O Sol estava descambando (ou “ia descambando”) — La suno estis subiranta: o simples subiris poderia significar “descambou”, ou mesmo “descambara”. Este outro: Seu rosto ia-se enrijecendo sob a mão da morte — Lia vizaĝo estis rigidiĝanta sub la mano de la morto: a mesma observação. Também no futuro, p. ex.: Estarei junto ao seu leito quando você estiver morrendo — Mi staros ĉe via lito, kiam vi estos mortanta. Etc.
NOTA — A perífrase com estas -anta, ou com o plural estas -antaj, é raramente usada por desnecessária, tendo, porém, o mesmo sentido do respectivo tempo composto português. Assim, em vez de: Mi estas tagmanĝanta — Estou almoçando (ou “a almoçar”), diz-se em geral: Mi tagmanĝas. Em lugar de: Ŝi nun estas laboranta en nia oficejo — Ela agora está trabalhando em nosso escritório —, será: Ŝi nun laboras (ou laboradas) en nia oficejo. Bastará: Forigu vian fraton, ĉar li malhelpas al ni — Afaste o seu irmão porque nos está atrapalhando —, sendo inútil a perífrase: .... ĉar li estas malhelpanta al ni”. Substitui-se: La vespero estas alproksimiĝanta — A noite vem-se aproximando — por: La vespero alproksimiĝas. E assim por diante.
Em vez de: “Kiam vi vidis nin en la salono, li estis dirinta al ni la veron — Quando você nos viu no salão, ele me tinha dito a verdade”, podemos dizer: “...li jam antaŭe diris al mi la veron”, i.e. “... ele já antes me dissera a verdade”.Note-se que o Português continua a exigir o mais-que-perfeito (tinha dito, dissera), mas o Esperanto, esclarecendo com a circunstância jam antaŭe, se contentará com a forma simples diris; isto é, não precisamos de dizer “li jam antaŭe estis dirinta...”. Igualmente: Neniam ankoraŭ ŝi vidis ion tian — Nunca (dantes) ela vira tal coisa (ou “uma coisa assim”). Fato semelhante se dá com outros tempos e modos.
Conforme os textos, nem sempre é necessária uma circunstância especial que esclareça tratar-se de fato anterior a outro aí relatado, bastando o tempo simples. P. ex.: Dio rigardis ĉion, kion Li kreIS — Deus olhou tudo o que criara. Johano rekonis ĉiujn melodiojn, kiujn li lernIS, kiam li estis ankoraŭ infano — João reconheceu todas as melodias que aprendera quando era ainda criança. La tagmezo de ŝia vivo fariĝIS por ŝi tiel kruda, tiel postulema, kiel karesa kaj malsevera estIS ĝia mateno — O meio-dia de sua vida se tornara para ela tão rude, tão exigente, quanto acariciante e benigna fora a sua manhã. Mi volis ŝlosi la pordon, sed mi perdIS la ŝlosilon — Eu quis (ou “queria”) fechar a porta, mas perdera a chave.
Os dois exemplos seguintes são ilustrativos de como, em certos casos, se pode usar a forma simples ou a complexa, sem prejuízo da clareza: Antaŭ momento SUBIRIS la suno, kiam ŝi levis la kapon super la supraĵo de la maro — Um momento antes o Sol se pusera quando ela levantou a cabeça acima da superfície do mar. La suno ankoraŭ ne ESTIS LEVIĜINTA, kiam ŝi ekvidis la palacon de la reĝido. O Sol ainda não se levantara quando ela avistou o palácio do príncipe.
203. Em Portugês dizemos, p. ex.: “Ele diz que vê” (ou “está vendo”), mas: “ele disse que via” (ou “estava vendo”). Se, porém invertermos a ordem do pensamento, teremos a mesma forma: “VEJO, diz ele”, e “VEJO, disse ele”. Igualmente: “VI, diz ele”, e “VI, disse ele”. O Esperanto emprega o mesmo tempo verbal, seja a oração direta ou indireta. Assim: “Ele diz; vejo — Li diras: mi vidAS”; donde: “ele diz que vê — Li dirAS, ke li vidAS”; e; “ele disse; vejo — Li diris: mi vidAS”, donde: “Ele disse que via” — Li dirIS, ke li vidAS”. Bem como: “Ele diz que viu” — Li dirAS, ke li vidIS”, e “Ele disse que vira” — Li dirIS, ke li vidIS”.
Outros exemplos: Deus viu que tudo era bom — Dio vidis, ke ĉio estAS bona. Jacob disse que alguém lutara com ele — Jakob diris, ke iu luktIS kun li. Ela pediu que eu ficasse — Ŝi petis, ke mi restU. Eu receava que chovesse — Mi timis, ke pluvOS. Ele não esclareceu quando isso ocorrera. Li ne klarigis, kiam tio okazIS. O rei mandou um funcionário para ver como ia a tecedura e se o pano em breve estaria pronto. La reĝo sendis oficiston, por vidi kiel irAS la teksado kaj ĉu la ŝtofo baldaŭ estOS preta. Perguntei ao menino por que estava a chorar — Mi demandis la knabon, kial li plorAS. (O pretérito ploris significaria “tinha chorado”!). Ele informou que viria se pudesse — Li sciigis, ke li venOS, se li povOS.(Nota: Esse “viria”, como tantas outras formas do condicional, é, realmente, um futuro, não o modo condicional!)
204. Nos §§ 106, 107 e 124 apresentamos exemplos do gerúndio terminado em e e fizemos a observação de que o sujeito do verbo sob a forma do particípio adverbial deveria ser o mesmo do verbo no modo finito, da outra oração. Há desta regra, em verdade, algumas poucas exceções, muito particulares, das quais, entretanto, não trataremos neste breve estudo da língua auxiliar.
Em Português, o gerúndio é o mesmo particípio chamado “presente”, ao qual correspondem, em Esperanto, as terminações — anta, adjetiva, e — ante, adverbial. A regra acima não se entende, porém, somente com esta forma adverbial, senão ainda com a do “perfeito”, em — inte, e com a do “futuro”, em — onte, segundo se viu, com efeito, naqueles parágrafos. Outrossim, aplica-se às correspondentes formas da voz passiva, isto é, -ate, -ite, -ote: veja-se o § 124.
As circunstâncias adverbiais expressas por estas terminações participiais são, de ordinário, as seguintes: de tempo, de modo, de causa, de condição, de suposição, de concessão, de situação,de fim. Exemplos:
Promenante sur la strato, mi falis — Passeando (= quando passeava na rua, caí. Eĉ guto malgranda, konstante frapante, traboras la monton granitan — Até mesmo uma gota pequena, a bater constantemente, perfura o monte granítico. Li proponis tion, pensante, ke ĝi estas ia novaĵo — Ele propôs isso pensando que fosse alguma novidade; i.e. “porque pensava”. En infero loĝante, kun diabloj ne disputu — Morando (= se moras) no inferno, não disputes com diabos. Ne aŭdinte, ne kondamnu — Sem ter ouvido (= se não ouviste), não condenes. Ekzistas homoj, kiuj, tute konsciante sian eraron, tamen persistas en ĝi — Pessoas existem que, (estando) plenamente conscientes (= apesar de terem plena consciência) do seu erro, contudo, persistem. Mitroviĝis en Japanujo, ne sciante eĉ unu vorton japanan — Achava-me no Japão sem saber sequer uma palavra de japonês. Li amis ĉion kritiki, nenion sciante — Ele gostava de tudo criticar, nada sabendo. Ĉe tablo sidis tri junaj virinoj, preparante ĉapelon — A uma mesa estavam sentadas três mulheres jovens a preparar chapéus. Tien veninte, mi haltis, observante, kio venos — Ali chegado, parei para observar o que viria. Penu malaperi nevidate. Procure desaparecer sem ser visto. Li venis al mi tute ne atendite — ele veio ter comigo (ou “procurar-me, falar comigo”) sem absolutamente ser esperado. Nur invitite, mi irus tien. — Só (se fosse) convidado eu lá iria.
Sendo diferentes os sujeitos dos verbos, um no gerúndio adverbial e o outro no modo finito, já não se poderá normalmente empregar o gerúndio, mas deve-se transformar este conforme o seu sentido. P. ex.: Sendo assim, confesso meu engano — SE ESTAS tiel (= se é assim), mi konfesas mian eraron. Sendo hoje dia festa, não trabalho — Ĉar hodiaŭ ESTAS (= como hoje é, por ser hoje) festotago, tial mi ne laboras. Chovendo (= quando chove), é impossível sair — KIAM PLUVAS, estas ne eble eliri.
205. O modo infinitivo, no tempo impessoal, tem o seu conhecido correspondente em Esperanto terminado em i. Como estamos fazendo uma revisão geral dos modos e tempos verbais, ofereçamos aqui alguns exemplos, onde o infinitivo se emprega de igual maneira em Português e em Esperanto:
Resti kun leono estas danĝere — Ficar (i.e. permanecer) com (= em companhia de, junto de) um leão é perigoso. Morti pro la patrujo estas agrable — É grato morrer pela pátria. Voli aŭ ne voli neniu malpermesas — De querer ou não querer ninguém proíbe. La sinjorino petis de ŝi trinki — A senhora pediu-lhe de beber. Mi de teruro ne sciis, kiom fari — Eu, de terror, não sabia (o) que fazer. Tiuj virinoj havas nenion alian por fari — Essas mulheres não tem mais nada o que fazer. Tiun ĉi amon tiel rekompenci! — Este amor assim recompensar! Ne ekpepi! Ne movi la buŝon! — Não piar! Não mexer (com) a boca! (i.e.: Nem um pio! Bico calado!).
Um verbo no modo infinitivo pode vir auxiliado por outro verbo em modo finito ou ser deste dependente, não constituindo predicado gramatical, mas ajuntando-se ao verbo no modo finito para formarem ambos uma locução composta; p. ex.: “devo dizer-te a verdade, quero falar-te sobre isso, não poderei ir à reunião.” Notamos que o sujeito do verbo em infinitivo é o mesmo do verbo em modo finito: nestes exemplos, “eu”.
O mesmo se dá com verbos outros, que se ligam a um modo infinitivo, veja por justaposição: “consegui dormir, ele costuma vir,receio ficar doente, prometo fazê-lo” etc., seja por uma preposição; “comecei a falar, desisti de convencê-lo, hesitei em concordar, ela ansiava por chegar, contentei-me com silenciar” etc.
Em todos estes exemplos o infinitivo está na forma impessoal, podendo o Esperanto aí empregar seu modo infinitivo,seja: mi devas diri al vi la veron; mi volas paroli al vi pri tio; mi ne povos iri al la kunveno; mi sukcesis dormi; li kutimas veni; mi timas malsaniĝi; mi komencis paroli; mi rezignis konvinki lin; mi hezitis konsenti; ŝi deziregis alveni; mi kontentiĝis silenti.Observe-se, ainda, que o Esperanto, nestes casos, não usa nenhuma preposição, ao contrário do Português.
Nossa língua emprega normalmente o infinitivo impessoal (podendo usar também o pessoal), em outras circunstâncias, onde o modo finito e o infinito possuam o mesmo sujeito; p. ex.: “Não estamos na escola para brincar; antes de sair, fala-me; em vez de estudar, passeais; nada pudemos fazer senão calar ”, etc. Se, então, os sujeitos são os mesmos, o Esperanto emprega o infinitivo, sem modificação alguma: Ni ne estas en la lernejo por ludi; antaŭ ol eliri, parolu al mi; anstataŭ studi, vi promenas; ni povis fari nenion krom silenti.
OBSERVAÇÃO — Por, antaŭ (com a partícula ol), anstataŭ, inter e krom são as preposições que podem reger o modo infinitivo.
Se o infinitivo tem, no entanto, sujeito diferente do verbo principal, formando idéia separada, nosso idioma já não emprega a forma impessoal, mas obrigatoriamente, a nominal; p. ex.: “Muito estranho (eu) falares-me (tu) deste modo”. Como o Esperanto não possui tal forma, há que modificá-la. Essa forma pode, em geral, ser substituída por uma oração subordinada principiando pela conjunção “que” e em modo finito; neste exemplo teríamos: “muito estranho que me fales deste modo”. O subjuntivo “fales”, segundo já estudamos, será traduzido pelo indicativo, e então, diremos: Mi forte miras, KE vi parolAS al mi en tia maniero. Outros exemplos: “Dizem ser ele competente” equivale a “Dizem que ele é competente”; logo: Oni diras, KE li estAS kompetenta. “Vou repetir para não o esqueceres” = repetirei para que não esqueças isso: mi ripetos, por KE vi ne forgesU tion. “É necessário sermos tolerantes”: estas necese, KE ni estU toleremaj.
Contudo, mesmo em certos casos de sujeitos diferentes, o Português emprega a forma impessoal quando o infinitivo dependa de verbos principais como: “ver, ouvir, sentir, deixar, mandar, fazer” e semelhantes, que se ligam ao infinitivo por justaposição, ou de outros, ligados por preposição, ex.: “autorizar, persuadir, obrigar, convidar” etc. O Esperanto, ainda emprega o infinitivo, p. ex.: Mi vidis ILIN fali — Vi-os cair. LasU (vi) NIN dormi — Deixe-nos dormir. ONI invitis la KONGRESANOJN eniri — Convidaram os congressistas a entrar. La REĜO permesis al la SKLAVOJ kanti — O rei permitiu aos escravos cantar. Reparemos em que, nestes exemplos, o sujeito do infinitivo é o complemento direto (ilin, nin, kongresanojn) ou o nome do complemento terminativo com a preposição al (al la sklavoj) dos verbos principais; quando isto ocorra, é legítimo o emprego do infinitivo em Esperanto.
Compare o estudante este caso com o da obrigatoriedade da forma nominal portuguesa, quando, então, devemos substituir esta forma por uma cláusula iniciada pela conjunção ke. Veja que, se, em vez da frase vista; “antes de sair, fala-me”, cujos sujeitos são os mesmos, quisermos traduzir: “Antes de saíres (tu), desejo (eu) falar-te” (sujeitos diferentes e forma nominal), havemos de usar a transformação já referida; isto é: Antaŭ ol VI elirOS, MI deziras paroli al vi. (= antes que saias).
Com o verbo esti podemos empregar o modo infinitivo do verbo de predicação, como o fazemos em Português com o verbo “ser”: ami la patrujon estas servi al ĝi — amar a pátria é servi-la: ami é sujeito, servi é predicativo. Estis al mi agrable ekscii tion — Foi-me grato saber disto. Estis kutimo de la spartanoj manĝi sen spicoj — Era costume dos espartanos comerem sem temperos.
Encontramos também infinitivo correspondente a um complemento terminativo do Português, como: Já é tempo de ir para casa — Jam estas tempo iri domen. Igualmente com preposição, ex.: Estas horoj POR labori kaj horoj POR dormi. Nestes exemplos, o infinitivo possui siginificação geral; se, entretanto, quisermos definir o sujeito do verbo em infinitivo, caso em que o Português usa a forma nominal, temos de modificar a frase pelo modo conhecido; ex.: Já é tempo de ires para casa — Jam estas tempo, KE VI irU domen.
O Português, às vezes, por elegância ou por falta de substantivo correspondente a certos verbos, lança mão do próprio modo infinitivo, seja no tempo impessoal, seja na forma nominal, como legítimo substantivo. Passando, assim, o verbo a fazer de substantivo, pode ser regido pelo artigo definido “o”. Dizemos, então, p. ex.: “o nascer de uma nova era, o pôr do Sol, no frigir dos ovos, num abrir e fechar de olhos, chegaremos ao amanhecer, ao alvorecer, ao entardecer, ao anoitecer, ao cair das folhas, o resolver esta questão, ao deitar-se, ao levantar-se, ao sentar-se, ao abaixar-se”, etc.; e, na forma nominal: “o seres rei, o desobedecermos à lei, o prestardes essa homenagem...”, etc. Em Esperanto o infinitivo não pode ser regido pelo artigo, mas, em compensação, como língua aglutinante, tem a língua internacional a faculdade de criar substantivo com a raiz correspondente ao verbo. Assim: O por do Sol — La subirO de la suno (ou: La sunsubiro). Ao amanhecer — Ĉe (la) mateniĝO. Ao deitar-se (na cama) — Ĉe (la) enlitiĝo (ou eventualmente: Enlitiĝante = deitando-se). O resolver esta questão — La solvO (= a resolução) de ĉi tiu demando (ou simplesmente: Solvi ĉi tiun demandon; mas não “la solvi...”!).
A preposição inter (entre) pode também reger infinitivo como esta preposição portuguesa; p. ex.: Entre demasiado aproximar-se e intencionalmente retirar-se há, com efeito, grande diferença — Inter tro alproksimiĝi kaj intence retiriĝi estas ja granda diferenco. Se em Português antepuséssemos o artigo ao infinitivo, isto é, “o demasiado aproximar-se” e “o intencionalmente retirar-se”, ou diríamos em Esperanto sem o artigo, como acima, ou, para usar o artigo, passaríamos o verbo a substantivo e o advérbio a adjetivo; seja: “Inter la troa alproksimiĝo” (= entre a demasiada aproximação) e “la intenca retiriĝo” (= a retirada intencional.)
206. As palavras chamadas “internacionais”, isto é, as que são comuns, ou muito parecidas, nas principais línguas da Europa e da América, se usam também no Esperanto, adaptadas à grafia deste e às formas próprias a cada categoria gramatical; assim, conservam-se as raízes, modificando-se apenas as terminações onde seja necessário. P. ex.: teatro teatro; teatra teatral;geografio geografia; geografia geográfico; telegrafo telégrafo; telegrafi telegrafar; lokomotivo locomotiva; redakcio redação; nervo nervo; temperaturo temperatura; centro centro; formo forma; publiko público (substantivo); plateno platina; botaniko botânica; figuro figura; vagono vagão; komedio comédia; diplomatodiplomata; deklami declamar; advokato advogado; doktoro doutor; etc., etc.
Alfabeto — alfabeto
Antaŭ — antes de
Bubo — garoto, criançola.
Eltrovi — descobrir.
Enkonduki — introduzir.
Globo — globo.
Indigni — indignar-se.
Kolekto — coleção, conjunto, sistema.
Komuniki — comunicar.
Manio — mania
Mezuro — medida.
Montri — mostrar, apontar.
Plimulto — maioria.
Preciza — preciso, exato.
Sokrato — Sócrates.
Spriti — fazer espírito.
Al tiaj ideoj, kiuj al la samtempuloj ŝajnas senenhava (vazia, sem conteúdo) fantazio kaj al la posteuloj ŝajnas tia natura afero, ke ili ne komprenas, kiamaniere la homoj miljarojn vivis sen ĝi, — al tiaj ideoj apartenas ankaŭ la ideo de enkonduko de komuna lingvo por la komunikiĝoj inter diversaj popoloj. Kiam niaj posteuloj legos en la historio, ke la homoj, tiuj ĉi reĝoj de la tero, tiuj ĉi plej altaj reprezentantoj de la monda inteligenteco, tiuj ĉi duon-dioj, en la daŭro de (no transcurso de) tutaj miljaroj vivis unuj apud la aliaj, ne komprenante unuj la aliajn, ili simple ne volos kredi. “Por tio ĉi oni ja bezonis nenian supernaturan forton, ili diros; ĉiu el tiuj ĉi homoj posedis ja kolekton da kondiĉaj (convencionais) sonoj, per kiuj li tute precize kompreniĝadis kun siaj plej proksimaj najbaroj, — kiel do ne venis al ili en la kapon konsentiĝi inter si, ke unu el tiaj kolektoj da kondiĉaj sonoj estu enkondukita por la reciproka kompreniĝado inter ĉiuj, simile al tio, kiel por la plimulto de la kulturaj popoloj estis enkondukita jam longe (já há muito tempo) unu kondiĉa kolekto da mezuroj, unu kondiĉa alfabeto, unuj kondiĉaj muzikaj signoj k.t.p.!” Niaj posteuloj indignos, kiam ili ekscios, ke la homojn, kiuj penadis pri la enkonduko de komuna lingvo, la samtempuloj montradis per la fingroj, kiel maniulojn, bubojn, ne meritantajn la nomon de seriozaj homoj; ke pri tiuj ĉi homoj ĉiu malplenkapulo (cabeça oca, desmiolado) povis spritadi en la gazetoj, kiom li volis, kaj troviĝis neniu, kiu dirus al tiuj malplenkapuloj: “vi povas trovi tiujn ĉi ideojn plenumeblaj aŭ ne plenumeblaj, — sed moki ilin, eĉ ne konatiĝinte kun ili, estas honte, sinjoroj!”
(El la “Fundamenta Krestomatio”.)
Bezoni — precisar de.
Ekzerciĝado — exercício.
Per kia rimedo (= meio) la popoloj povus kompreniĝi inter si? Ĉu tia rimedo jam ekzistas? Kiel ĉi tie estas nomataj la homoj? Ĉu la esperantistoj estas iaj buboj? Kial (Respondu: Porque a causa (= afero) pela qual batalham é algo de muito sério e só pode trazer (= alporti) à humanidade um grande bem.) Ĉu estas saĝe spritadi pri io, kun kio oni ankoraŭ ne konatiĝis? Anstataŭ (= em vez de) la vorto “miljaro”, kian alian vorton ni povus konstrui per tiuj samaj elementoj? Kion vi opinias pli grava: ĉu scipovi (= saber) du aŭ tri lingvojn naciajn aŭ, krom (= além de) sia gepatra, nur Esperanton? Kial? (Respondu: Porque com o Esperanto posso comunicar-me com todos os povos.) Se vi korespondus kun portugala samideano (coidealista), ĉu vi bezonus Esperanton? (Respondu: Não precisaria dele, mas isto (contudo) seria um bom exercício.)
Anstataŭigu (= substitua) la rektaj frazojn per nerektaj:
Sokrato diradis: “Mi scias, ke mi nenion scias; sed multaj homoj ne scias, ke ili nenion scias”. La franca reĝo Ludoviko (= Luís) la Dek-kvara diradis: “La ŝtato (= Estado) estas mi”. Antaŭ la eltrovo de Ameriko multaj scienculoj kredis: “La terglobo estas ebena (= plano) , kaj ne ronda (= redondo)”. Ili pensadis: “La suno rondiras (= gira)ĉirkaŭ la tero, kaj la tero estas senmova”. La avarulo ne pensas: “Mi mortos kaj post la morto mi ne posedos mian monon”. Mia sola deziro estus: “Ŝi revenu plej baldaŭ!”
Animal — Besto.
Apontar — Elkreski.
Arrastar — Treni.
Arrear — Bridi.
Atilado — Sagaca.
Botão — Burĝono.
Brusco — Kruda.
Conforme a — Laŭ.
Consequência — Sekvo.
Contrariar — Kontraŭstari.
Correnteza — Fluo.
Curioso — Kurioza.
Ditar — Dikti.
Entender — Voli.
Episódio — Epizodo.
Espinho — Dorno.
Exultar — Ekĝoji.
Infância — Infaneco.
Inteligência — Intelekto.
Interromper — Interrompi.
Lei — Leĝo.
Levar — Konduki.
Mandar — Ordoni.
Montar — Rajdi.
Naturalmente — Kompreneble.
Perceber — Ekrimarki.
Pirralho — Bubo.
Pretensão — Pretendo.
Saber — Ekscii.
Tom — Tono.
Um dos episódio mais curiosos da infância do Alexandrino foi seu conhecimento (= konatiĝo) com as letras. Espírito atilado, logo percebeu que o “A” era a letra do nome dele, e exultou com o saber (= sabendo) disso. Queria ser o primeiro em tudo!
— Certamente — disse meu pai, considerando tão perigosas pretensões —, deves querer o primeiro lugar, mas, acima de (= antaŭ) tudo, no servir.
— Eu, servir?... a quem?! — Exclamou aquele pirralho, botão com espinhos já apontados.
— Aos outros (= às outras pessoas), naturalmente — respondeu o “velho” com toda a calma (= plej trankvile). Porque um dia hás de compreender que “muitos primeiros serão os últimos”.
— Quer dizer que (= do) eu hei de servir, mesmo que não queira (= se eu não quiser)?
— A este respeito (= pri tio ĉi), filhinho querido, não há “querer” nem “não querer”: esta (= tal) é a Lei.
— Que lei? Que é “lei”?
— Uma ordem a que ninguém pode desobedecer sem uma consequência desagradável. Não te lembras do Joãozinho, que se afogou no rio porque a correnteza era mais forte?
— Não compreendo a que “lei” ele haja desobedecido — interrompeu o menino em (= per) tom meio (= iom) brusco.
— Pois (= Nu) é a (= tiu) mesma lei que desconheces: a lei da compreensão. Ele pensou que tivesse forças bastantes para contrariar e vencer a Natureza, e...
— É (= isso é), então, a Natureza que manda servir, como se a gente fosse um... um animal, um boi que arrasta a charrua, um cavalo que se arreia, monta, bate, leva para onde (= tien kien ajn) (bem) se entende?
— Quem manda é um Senhor, que ditou a Lei conforme à qual tudo iria bem se os homens não fossem o que (= tiaj kiaj) são. Procura servir a esse Senhor, compreendendo-O com (= per) toda a tua inteligência e amando-O de (= el) todo o teu coração.